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Barreiro, uma cidade à margem?

Quando Lisboa começa a não ter oferta suficiente e a preços razoáveis,

tanto para habitantes como para empresas,

o Barreiro poderá ser uma excelente opção de investimento a ter em conta.


mural/graffiti, de Ana Paxeco

(fotos de Bruno Barão da Cunha)


Na área da Grande Lisboa não é preciso ser-se um catedrático para perceber que o Barreiro ficou à margem das pontes sobre o rio Tejo. Almada tem a 25 de Abril. E quem partir à descoberta de Alcochete ou do Montijo utiliza a Vasco da Gama. Chegar ao Barreiro de carro até parece uma odisseia, mas vale a pena visitar a cidade porque tem muito para oferecer, para quem souber o que deseja encontrar.

As marcas do setor industrial

A história mais recente de Barreiro tem em si a motriz do desenvolvimento industrial de Portugal. Uma história que teve o seu apogeu nos anos 60 e 70, mas que, nos anos seguintes, fruto de transformações políticas, sociais e tecnológicas, perdeu relevância. No entanto, o património imobiliário, agora com um inegável valor arqueológico-industrial, continua a ser uma testemunha desse passado de glorioso progresso.

Andando pela cidade é fácil perceber que há grandes contrastes entre os edifícios, muitos deles bastante degradados, mas tendo um enorme potencial de reabilitação. E quando Lisboa começa a não ter oferta suficiente e a preços razoáveis, tanto para habitantes como para empresas, o Barreiro poderá ser uma excelente opção de investimento a ter em conta.

O que faz falta...

Apesar da rapidez dos transportes fluviais para capital, há muita gente a dizer o que faz falta ao Barreiro é uma ponte. Ou várias. A primeira, e mais óbvia, seria uma terceira via sobre o Tejo, com ligação a Lisboa, fosse ela rodoviária, ferroviária, ou até ambas numa só. Aliás, esteve sempre em cima da mesa uma ponte entre o Barreiro e Chelas, mas pelos vistos, e para já, esses planos não irão sair da gaveta.

Depois, o Barreiro fica aninhado numa península, faltando também pontes para o Montijo e para o Seixal (já houve uma ligação para o Seixal, mas foi abalroada e destruída por um barco; atualmente há um projeto para uma ponte pedonal). Desta forma, o Barreiro é quase como uma ilha, tão perto de Lisboa, mas ao mesmo tempo tão longe. E isso pode fazer parte do seu charme.

A oferta cultural e de lazer

Para além do potencial imobiliário para habitação, e também para a implantação de empresas, o Barreiro tem muito para oferecer ao nível do associativismo cultural, de lazer e animação, bem como na quantidade de fantásticos exemplos de arte urbana.

O Barreiro é das cidades com o maior número de associações de âmbito desportivo e cultural. Entre elas é de referir a ADAO – Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios. Instalada num antigo quartel de bombeiros, é um polo de divulgação cultural mais alternativa, sendo bastante dinâmica e estando sempre pronta a divulgar novos nomes de muitas tendências e artes variadas. Mas há mais associações muito relevantes. É só pesquisar e conhecer.

Para beber um copo, ou até comer alguma coisa, e só com produtos portugueses, àPortuguesa Brr é um bar onde nos sentimos como se estivéssemos em casa. E, de facto, é como se fosse a nossa casa, com várias salas, sendo que uma delas é uma cozinha e outra um pequeno pátio interior. “Está-se bem”, é o que apetece dizer enquanto se come alguma coisa e se conversa sempre com uma seleção musical de fundo.



mural de Vhils

(fotos de Bruno Barão da Cunha)


No Barreiro a arte urbana não é algo vil

Fruto da degradação de muitos edifícios, mas tirando partido dela, o Barreiro é um verdadeiro museu a céu aberto de arte urbana. Há pinturas e graffitis um pouco por todo o lado, mas sempre com um forte sentido estético, procurando deixar imaculados os edifícios mais recentes e que se apresentam em bom estado.

Porque o Barreiro é realmente um marco na street art nacional, desde Fevereiro deste ano o conceituado artista urbano Alexandro Farto — mais conhecido por Vhils — tem um fantástico mural na cidade, tendo muito recentemente instalado o seu estúdio de trabalho na zona industrial da Quimiparque.

Também por este motivo, o Barreiro é uma cidade que quer deixar de estar à margem, tendo ela própria uma dinâmica que, muito em breve, poderá ser uma referência no panorama nacional.

Francisco Duarte

Copywriter, Produtor de Conteúdos Escritos, Blogger (responsável por marcadomem.com)

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